sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Biblioteca, lugar de corvos.






Lugar assombrado
De contos de terror
E eternas lagrimas de amor,
Centenas de mascaras,
Escondendo apenas suas caras
Mas escancarando o semblante de suas almas,
Alguns até me fazem rir
E tem doces encantos para dormir,
Segredos a venda
Nem um segundo de hipocrisias,
São apenas títulos borrados
E com o tempo acumulados
Em prateleiras de emoções,
Guardados cada capítulos em corações.
Mágica de mente,
Visões transparentes,
Futuros revelados, em livros guardados.
Memórias, resenhas, mistura de sentimentos,
Que alimenta curiosidade, amor, conforto e lamentos.
Suspiros ao vento.

Doce Sonho.







Cavaleiro das rosas sangrias
Dos ventos e mares assustados,
Sua Dama o espera
Para aquele trato combinado,
Um acordo de amor selado.
O cenário?
Um retrato dos anos passados,
Uma flor de presente amistoso,
Um gesto de um coração apaixonado...
Querido Senhor, como podes tanto estar em meus sonhos?
Fazer-me flutuar, com seu doce encanto,
Quero estar contigo
Para além da eternidade
Ser sua eterna amante,
Sua antiga prometida
Sua segunda alma,
As pétalas de seus dias.

Senhor do coração de vidro, eterno apaixonado.



Como vai senhor da noite?
Com esses olhos me encanta,
Traz-me o puro gosto do mistério
O cheiro do inverno,
A insana imagem da lua
Constrange-me tanta beleza tua,
Mata-me saber
Que és o príncipe,
O dono do meu anoitecer,
Dançastes comigo
Dês dos meus eternos sonhos
A valsa dos espíritos.
De algum jeito
O destino já tinha programado,
De fazer você, meu doce amado.

Extinguir.






Libertar-me de você
Parecia irracional,
Até que suas palavras quebraram meu sonho de cristal,
Tudo aquilo que era imortal
Se desconfigurou...
Consegui matar o que construí de você.
Aquele mundo para dois
Hoje se tornou espaçoso de mais para um,
Tive que demolir para fazer algo mais pessoal,
Fiz uma decoração excepcional,
Coloquei seus órgãos no meu quintal
Meu teto fiz de nuvens
E minhas paredes restauradas com o mais fino material...
Palavras de desordem foram os alicerces
E as lembranças de você
A armadura mais forte da construção...
Destroçou meu interior... Roubou minha visão,
Tudo aquilo que era meu e não existia mais
Arranquei de você, pra poder ter de volta
A paz que derramei.

Nova, velha descoberta.




Olhos de vidro
Coração de lata,
Disseram-me que isso era apenas um conto de fadas,
Até me ver no espelho,
Que ser estranho,
Frio,
Indecifrável, pensamentos controlados,
Sem identidade, um número apenas no armário.
Humano desumano
Irracional criatura;
Vírus introduzido na mente,
Hoje simplesmente... Metal reluzente.

Densidade de nuvens.




Três pontos, esse é o final da historia,
Olá, esse é o termino de uma conversa,
Xau, esse é o inicio de uma grande amizade
Adeus, é o enunciado de um beijo
Queimando de desejos utópicos
Está meu coração
Queria encontrar um mundo, sem tanta contradição.
Deleitar-me em lenços de sorrisos
E cachecóis de lembranças,
Flutuar em nuvens sem ter que fazê-las de esconderijo.
Matar sentimentos e fazer instinto o meu coração
Queima minha mente num mar de loucuras
E viajar em sensações...
Três dias de prazer, em um segundo de sonho.

Inconsolável Destino.





É patética a forma como ando te querendo
Você não é a cura, é o veneno
Odeio todos os dias te amar
Desejo todos os dias de seu caminho desencontrar
Essas paredes nos olhos me incomodam
Loucura incessante
Mel, doçura de instantes
Infeta meus dias sonhos de amantes,
Fogo queimando em águas
Congelando pensamentos
Transpassando a razão...
Salve-me dessa ilusão, salve-me da desilusão,
Salve-me de mim.
Onde está aquele querido sonho compartilhado entre lobos e corvos?

Fadas da Tristeza.






Em seu olhar vejo um mar
De infinitas possibilidades
Lagrimas não, e sim formatos da verdade
Facas empunhadas
Numa pobre enfeitiçada,
Quem dera de verdade
Se tudo o que sonho fosse realidade
Se tudo o que vivo fosse apenas pedaços de memórias
E se os fantasmas da noite
Fossem apenas ventos derradeiros
De esplendor escolhidos
Para soprar aos ouvidos
Palavras imortais
De quem realizou interminadas visões
De quadros mutilados
Inquietude, dragões e versos simples
Mitologias em pequenas escritas
Agonias...

Raízes contaminadas, Plantas da agonia.




Encantadora dama
Estrela da noite
Voz suave
Quieta agonia
Querer-te e desenhar-te
Inventar-te
E saber que só existe em minha mente
Doce criança inocente...
Quebrar meu coração em diversos pedaços
É fácil para quem não tem visão,
Pra quem tem pedra em lugar de coração
Carcaça em lugar de alma
Sangue nos olhos borrados
Com escamas pintadas
Olhe para mim nessa dança incandescente
E veja o invadir da noite no começo do dia
Pássaros negros, em chamas encontram-se um a um
Impenetrável argumento
De fidelidade e lamento.

Espelhos, imagens distorcidas da consciência.






As pessoas são muito mais do que se vê
Mais do que sorrisos borrados
Abraços contados
São caminhos marcados
Histórias sinalizadas
Dor em espaços vazios
Frascos lacrados...
Muito mais do que aparência
Primeiro são essência
Muito mais do que razão
São em sua maioria coração
Há se soubessem quanto vale uma dor
Numa explosão de horror,
Contos e fabulas
De uma vida manchada.

Querer e Afins









Foge de mim
De todo meu querer
Ser aquilo,
Que eu sempre quis ser,
Limitada por pecados,
Fracasso circulando em minhas veias
A dor batendo meu coração
Tornando-me escravo da solidão...
Por mais que eu queira e por mais que tente,
Você será sempre meu sonho pendente
Minha estrela fugitiva
Minha noite, meu guia.
Escândalos, chuvas, eternos momentos
Que falam mais que meu coração
Que expressão muito mais do que uma emoção
É algo meu, sempre guardado,
Nunca vai embora,
Selado...
Eternamente sem respirar
Sem saber viver
Apenas programar,
Às vezes o que mais queria era deixar-me levar
Sem culpa, magoa ressentimento ou dor...
Sem pecar.
Padre Nuestro
Venha me iluminar.

Laços...





A promessa que fez a mim
Não a vi cumprir
‘’juntos eternamente’’
Era algo assim.
O funeral de nossos laços
Obriga minha alma ser castigada a um eterno luto.
Suas lembranças lacradas em meus olhos de vidro,
Suas palavras gravadas no meu coração.
O resultado de tanto amor,
Foi dor e solidão.
Foi sem olhar pra trás
E hoje o que restou
Não tem mais significado
Aquela frase que dizia:
Nosso amor está selado.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prazer de segundos...






Em um belo dia
Um amante de vida
pediu-me uma prova de amor
Como provar aquilo que jamais acreditaria?
Não poderia dizer algo assim, pois então estaria sozinha,
Pensando em meu conforto mental, experimentei dizer-lhe
Palavras românticas, que não pediriam nenhuma explicação
Ele convencido, deitou-se em meu colo com a mais tranqüila expressão
E eu simplesmente expressei no olhar o ‘’nada’’ que sentia no coração,
Desculpe-me ser tão fria, mas não existe outra saída...
Em minha mente pensamentos ilusórios que seriam repugnantes a certos olhos, mas que aos meus pareciam tão doces.
Com as mãos arrancasse-lhe o coração, De onde lhe começara toda a ignorância
Arrancar os olhos daquele que nunca enxergou,
Sorrindo beber de seu sangue
Um divertimento tão inibido, que jamais poderia acontecer, mas que em minha mente senti muito prazer, mesmo se minha consciência pesar...
Querido, por um segundo pude te matar.

Mariposas.



A muito fiz promessas a rios
Sonhei com jardins
Bailei com flores
Hoje meus olhos se afogam em mares
Minha alma sofre a mutação da lagarta.
O jardim se tornou um cenário de terror
Tudo o que sonhei de repente desmoronou
Os sorrisos que me prometestes
Hoje os dá a outra pessoa
E eu fiquei...
Sangrei...
Não respirei,
Por causa do mais dolorido adeus.
Hoje dei meu primeiro suspiro
É sofrido, o coração bater com tanta dor
Mariposas voam em meio o mundo de terror
Onde o escuro me protegeu de ver-te
Onde o frio me fez resistente ao teu olhar
Onde aprendi a Cesar o amar.
Onde aprendi a bailar só
Onde percebi a vida
Em meio tantas arvores secas
Comi do fruto da dor
Que hoje me transformou.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Canis




Ó canis alucinógeno,
Compositor de solidão
Formulando desejos ocultos
Impetráveis em seu coração
Laços de sedução...
Virtudes e seus vícios
Doce sangue, amargo mel.
Utopias dinamitadas
Estressante... Sol do dia
Mutila alucinações.

Sakura





Quando o último suspiro é arrancado da alma,
Quando a última lagrima é anestesiada,
Quando o último sorriso é congelado na memória, vagarosamente as flores de cerejeira se abrem para anunciar a chegada do inverno,
Do frio mesmo que finito mais que parece eterno.
O espírito se cala, o corpo se fecha e a alma para. Nos olhos, retratos de imagens... Fotografias, expressões pintadas...
Sakura mostre o caminho ao vento, mostre a direção aos homens, mostre o sentido da vida, imperceptível até o derramar do sangue.