domingo, 25 de setembro de 2011

A lua dos olhos de lobo.







Coloração de sangue,
Escura luz no céu,
Luz da lua cheia,
Olhos de cristal.
Dia de ser selvagem,
De lançar-se a si mesmo,
Dia de ser lobo.

Não se colocar limites,
Ultrapassar a linha da realidade,
Lua da Inconsciência,
Lua da Liberdade.

Esperada desesperadamente por todos os lobos de alma aprisionada,
Que vivem em um sistema
Que os caça a pedradas.
Talvez por serem diferentes,
Talvez por serem selvagens,
Talvez por simplesmente existir e serem livres da piedade.

Mas nesse dia não importa,
A ferida ou a chaga,
A renovação da lua
Os transforma, os devora,
Cada lobo em sua matilha vem correndo a se juntar,
Dia que todos os lobos da terra vão comemorar.

O fato de estar vivos,
De experiência acumular,
O fato de estar juntos,
E de mais uma lua cheia poder presenciar.

De poder respirar nas águas com o canto da sereia,
De mover-se sem barreiras.
Que dia mais apaixonado,
É lacrimoso saber que o nosso querido dia amado,
Raras vezes venha acontecer.
Mas é muito especial saber, que ao menos um dia,
Nós podemos o ver.
Lobo negro, seus olhos ao anoitecer.

Um dia como muitos outros.






Que chuva,
Descendo vagarosamente nos telhados das casas,
Pelas calhas da cidade grande,
Fazendo um ruído silencioso,
O vento sopra,
Mas não move nada,
Tudo está sobrecarregado de águas,
Pesado de mais para ser retirado,
Até os meus olhos se encontram molhados,
Chuva do destino...
As pessoas se recolhem, fogem,
Como se fosse um dilúvio,
Um derramar fatal,
Nem os pássaros voam,
Até o silencio se rende a melodia das gotas,
Meus olhos não vão agüentar...
Pudera um ser humano suportar a realidade?
Não, não, ver tudo de forma nostálgica...
Mata o coração de ansiedade,
De necessidade de partir,
E em cortes acalma-se o coração...
Está chovendo lá fora,
E eu aqui, observando o céu platinado.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eternize-se em mim.








Que dia mais frio,
Você caída no chão, de olhos fechados,
Expressão tão tranqüila,
Há, tanto tempo que não a via assim,
Era como se estivesse inocentemente voltado a sonhar como uma criança a ninar...
Fiquei te observando por tanto tempo,
E você não acordou,
Simplesmente de mim se libertou,
Se foi, deixando pra trás todo meu amor,
Repousou numa cama e lá se eternizou.
Em você estava tudo de mim,
E agora estou assim, um vazio sem fim,
Por favor, me leve junto com você,
Quero parar de respirar e repousar como você,
Ser eterna, sem fim...
Cálices da noite, infinito vazio,
Que noite mais fria...

Anel quebrado.









Acabaste tu
Com o fogo que ardia em nós,
Tua traição é imperdoável
Minha dor incontável,
Embora te odeie por me matar
Sinto saudades de teu olhar,
Mas nada de cair outra vez...
Tínhamos planos, sonhos,
Músicas, ritmos
Éramos amantes,
Éramos dois, éramos um,
Uma sinfonia de apenas sentimentos,
Um querer sem final
Um doce sonho mortal.
Sem você fico perdida, só,
Tudo que tinha depositava em ti
E hoje o que sobrou, foram marcas de um amor
Que de mim passou...

Sem títulos, lhe dou apenas descrição.







Ironia do Destino,
É ter-te como aparente amor
Dotado de figuras
Sem lagrimas, sem dor.
Será você meu eterno condenado
Meu livro aberto
Meu conto fechado.
De ti ouvi histórias
Que jamais vi alguém contar
Vós dissestes que eras anjo
E veio com o mundo acabar,
Sua inocência e doce mundo me contagia
Quero ter pra sempre sua presença
Cheia de magia.
Agora meu querido amigo, vá dormir,
Amanhã será apenas mais um dia
Que iremos de novo discutir,
Sobre a origem do medo
E todos os seus segredos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fantasias... Dramaturgias...






Venha comigo tomar um chá alucinógeno,
E fazer viagem rumo ao mundo das fantasias,
Utópicas, frias e vazias.
Cante comigo qualquer canção, qualquer ritmo,
Nenhum tom lá te trará emoção.
Sabe voar? Entregue se no ar
E em frente a um penhasco descobrirá,
Se for negativa a resposta, boa noite,
Ouvi dizer que anjos têm asas pra voar.
Escuridão em florestas nubladas,
Mundo perfeito,
Parece até conto de fadas,
Lobos caçam almas
E você corre...
Junto a eles.
Em busca de algum coração, que agite os mares
Durma agora, e volte pro seu pesadelo,
E eu rirei de suas lágrimas, vivendo no seu mundo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Carpe Diem.




Perfeita harmonia.
A música inspira,
O raiar do dia mexe com emoções,
Um convite da vida pra busca de alucinações
De carpe diem a Utopia
Existe muita coisa a ser explorada
Vivida, pra nossa historia ser re-capitulada

Com uma caneta se escreve palavras
Com o coração sentimentos,
Com a vida as mais belas e sinceras poesias.

De ódio ou amor, independente da cor do seu céu
Hoje é mais um dia de caneta e papel,
Escreva contos de amor com bruxas e príncipes
Ou um suicídio com asas e borboletas...
Escreva a vida, desenhe cometas, chore com as letras
Pare na dor, prossiga na alegria
Viva cada momento, antes do terminar do dia,
Antes do ultimo olhar, do ultimo respirar.
COLHE O DIA.