sábado, 11 de agosto de 2012

Espectro do medo.



No madrugar
Fantasmas me tiram para dançar
Sobre todos os meus medos.
Esta noite sou parte
De tudo aquilo que me destrói.

Sinta o ódio ou cegue-se dele,
Livre-se de cada mancha causada pela ilusão.
Sua fé é desmanchada nas cinzas
Onde é seu lugar...
Não lute querida
É parte de você
Ser seu próprio sacrifício.

Eternidade.


 
Sinto sua voz
Chamando-me pelo vento
Convidando-me a dançar,

As luzes se apagam,
Sua presença fortifica meu ódio,
Você deixou um espaço impreenchível
E de certa forma indolor.
...

Seus passos são ouvidos
Pelo piso de madeira.

Sua maldita presença
Atormenta meus sonhos.
Porque me abandonou?
A sua promessa foi:
Amar-me eternamente.

Hoje sou obrigada a conviver
Com sua ausência.
É como respirar dentro de um vidro,
Estou presa pelas memórias deixadas...

Mesmo que seu corpo já tenha abandonado esse plano,
Seu amor sempre me permanecera vivo!

Exílio.



Ao olhar esse campo de espelhos quebrados
Minha respiração acelera,
Eu me tornei pedaços de tantas pessoas
Misturei-me a tantos desejos ocultos,
Que não sobrou
Nenhum espaço pra mim.

Tento gritar
Mas não sai nada que não seja o que você planejou
Vivendo num script
Sendo rejeitada até pelos “anjos”
Dentro do “inferno”...

Quando retiro a mascara
A imagem me é vazia,
Pois é isso que eu tornei
Nada além do reflexo de uma dor invalida,

Corro o mais rápido que posso
Meus pés sangram
Cada estilhaço de espelho me deixou cicatrizes
De crucifixos
Choro e peço perdão a todos os céus
Não me deixe jamais
Perder meu nome na luz!

Suavidade



Que dia frio,
Congelando minha alma
Na solidão.
Quando tudo escurecer
Consigo encontrar o meu caminho
Quando me afasto
É que me aproximo...
E me apaixono pela insanidade.

Não importa se eu não conseguir voltar.
Além do que
Retroceder é o que menos almejo,
Espero que tudo termine aqui,
E seja eu apenas isso que sobrou:
O pó levado pelo vento,
Nunca lembrado, mas sempre sentido...