domingo, 30 de setembro de 2012

Perseguição fotográfica.



Ondas do mar
Leve meus pedidos ao profundo,
Afogue meus desejos incomuns,
Tudo o que lanço em ti
É almejo de esquecer...

Mas os passos na areia ficarão
Mostrando-me o caminho que fiz até chegar aqui
Não há como se livrar do ontem?

Numa contagem regressiva,
Largo mão de todas as fotografias mentais,
Mesmo que me sigam,
Olhar pra trás é opcional,
Posso até saber que meu fantasma sempre estará ali
Mas não preciso ir em direção a ele

Prosseguir em qualquer direção que a linha imaginaria desenhar...
Conte as ondas do mar,
Faça um pedido em cada uma,
Um dia desaparece...
Um dia acaba partindo
Aquele sentimento maldito
Que sobrou por alguém!

É quando se põe o sol.

Na areia o desenho do meu sorriso foi levado pelo vento
Junto com os sonhos que meu coração vivia
No anoitecer...

E antes que eu me esqueça
O quanto isso tudo é tão ruim pra mim,
Só quero viver essa música mais uma vez.

Enterrando desejos e prazeres
Nunca achei que seria necessário me livrar de tantas partes de mim...
O sol está cada vez mais quente
Neste deserto de emoções.

Agora é hora de recomeçar mais uma vez,
Meu coração explode de agonia
É sempre tão horrível ter que voltar ao inicio.

Mas é regredindo às cinzas
Que conseguimos nos moldar,
Acalme-se coração,
É só mais uma desilusão...

Leve embora o que conseguir vento...
E tudo aquilo que for pesado demais
Deixe comigo...
Serão cicatrizes que terei de carregar
Apenas para não cometer os mesmos erros tolos...

Um adeus é sempre doloroso,
Principalmente quando é para metade de nós.


Claridade.

As luzes da noite se revelam
Em fonte de desejos desta cidade perdida,
Queria que tudo fosse apenas um sonho,
Um sonho de alguém,
Que eu fosse apenas uma história interrompida,
Que tudo terminasse agora e eu pudesse ver um ultimo sorriso seu!

Luzes foscas me trazem suas memórias
O céu se revela em preto e branco
Onde foi parar meu sonho?
Onde morreu minhas esperanças?

Torna-se cada vez mais difícil respirar
Com este nó na garganta.
É como se algo me impedisse de viver
Então... Que me retirassem dela de uma vez!

Pássaros de papel,
Mundo irreal,
Nada restou a não ser os vestígios de um amor que foi só meu...

domingo, 23 de setembro de 2012

Enfim...


Quando  tento me entender,
É ai que me confundo mais,
Retirando polaróides do  futuro
Traçando linhas mentais.

Percebo que sempre busco "ser"
O "estar" nunca me satisfaz!
Até mesmo os borrões do passado
Me orgulham muito mais
Do que os sorrisos presos no presente
Que me englobam pacientemente.

E antes que eu me esqueça
De meus meios em meu fim,
Desapercebo meu inicio
Embarco-me nos meus meios
E sempre perco um pouco de mim.

E cada pouco que deixo no passado
Faz meu olho molhado
Coração machucado e cérebro esgotado!

Até retornar e pensar no fim,
Rê-instá-lo me em mim
E volto a pensar na vida
Tim-Tim por Tim-Tim
E percebo que sem ti, sem nós,
É tudo sem mim!

sábado, 15 de setembro de 2012

*Sire



 
Pelo brilho do olhar te encontro
E se caio e se me machuco
Sua parte em mim me faz renascer.

Sobre ti não existem palavras que suportem
E até os ventos param pra sentir o teu toque,
E se todo o meu fôlego se esvai
Minha vida retorna para suas mãos.

Hoje o céu trouxe chuva,
E quando as gotas caem em meu corpo
Invadindo-me com o frio
Dentro de mim a uma chama que jamais se enfraquece
Consome-me e é tão confortante
Sinto um balanço em meu corpo,
As batidas de meu coração retornam
E com a musica das gotas de chuva caindo sobre o asfalto
Danço como um convite pra liberdade que sua presença traz...

Nada mais existe apenas sua força e eu, bailando juntos.
E Você transforma essa chuva em um vulcão
Vivo de novo, renovação.