domingo, 6 de maio de 2012

Irônico conto ...



Todo fôlego por ele suspirado
Era uma contagem regressiva de seu coração
Para livrar-se do irreal...

Deixar de existir talvez fosse sua única aspiração...
Mas um olhar delicado de um gélido coração
Fez-lhe um convite tentador...

Cegamente ele então se lançou
E nada, nem mesmo o tempo apagava deste peito.
A fixação pela paixão que aqueles tristes olhos traziam...

Contudo um dia a vida lhe mostrou
Que estes pequenos olhos nunca lhe perteceriam,
Pois nunca nem mesmo existiram!

Enganado por si mesmo,
Acreditou cegamente em uma irreal paixão
E quando percebeu sua alma sozinha outra vez

Decidiu...
Em um sorriso... Despediu-se de seus sonhos
Do quinto andar de um monumento qualquer

Na imensidão de concreto
Deixou de si, tudo o que não lhe pertencia...
Dando sua última lagrima
Foi viver sua utopia!

Fuga



Alma liberta em dopamina
Sinto o lithium em minhas veias
Não distingo nada mais do real,
Ou o que deveria ser!

Em um estado de insânia lucidez,
Exorcizo meus medos
E seguro todas as minhas verdades.
Simplesmente quero limpar todos os destroços de memórias
Correspondentes a você...

Com o ódio aprendo a conviver
Faz-me notar a adrenalina que é aproximar-me de ti
Adrenalina esta que não quero confrontar!

Neste cenário de espelhos quebrados, vejo minha imagem distorcida.
Isso que me tornei
Se é irônico...

Adentro no brilho de seus olhos em cada sombra
Nem mesmo em meu orbe me afasto de você...
Até quando meus olhos suplicarão quietos para meu maldito coração?...!

Cantiga de Luar.

Em meus sonhos não respiro
Nem sinto o vento no ar,
Até mesmo sua voz não pode me tocar!

Há sinos, vejo velas, lua e cruz a protelar
Um maldito conto que um corvo veio me falar.

Nem mesmo inconsciente ela abdica de buscar...
Ho Lithium...

Balança seus cabelos, o olhar lhe persegue aonde quer que vá.
Garota dos olhos de vidro, Carpe Diem não é teu lugar!